Há um certo debate sobre qual a definição de fetiche. O dicionário Webster diz que um fetiche é um objeto ou parte do corpo, cuja presença real ou fantasiada é psicologicamente necessária para a gratificação sexual e que é um objeto de fixação na medida em que pode interferir na expressão sexual completa. Isso é geralmente o que a comunidade médica e psiquiátrica pensa. Outros têm uma definição menos rígida e não exigem linguagem condicional como “fixação” ou “necessária”. Alguns acham a frase “pode interferir na expressão sexual completa” problemática. Quem decide o que está completo? Para nossos propósitos, vamos afrouxar a terminologia fetichista e assumir que, neste caso, um fetichista de tatuagens é alguém que se excita com tatuagens. Simples e direto ao ponto.
Em uma pessoa, as tatuagens podem ser auto-excitantes, em outras pode causar medo (pela dor) e as fazem desistir ou se quer cogitar fazer uma tatuagens. Há ainda quem tenha aspectos de masoquismo e satisfação da dor, prazer e excitação da sensação de tatuar, ou mesmo uma excitação visual vendo-se coberto de tinta. Mas há aqueles que acham tatuagens quentes e sexy, na maioria das vezes, não em si, mas em outras pessoas. Tatuagens são ousadas e tabu. Muitos acham excitante o perigo e a aventura em torno das tatuagens, e a tinta é frequentemente associada a um bad boy ou na outra vertente, algo delicado, naqueles traços menores e “frágeis”. Há muito material psicologicamente excitante para explorar com tatuagens.
A cada dia cresce mais e mais o poder dos tatuados
Há 30, 40 anos atrás uma pessoa tatuada não era muito bem vista, eram olhadas como marginais e muita gente as confundiam com pessoas que já tinham passado pela prisão, onde a prática da tatuagem existe há muitos e muitos anos.
Com o tempo a Tatuagem como arte começou a ganhar espaço, teve seus tempos de modinha e acabou ganhando seu merecido espaço pelo mundo.
Hoje em dia pesquisas apontam que homens e mulheres se atraem por pessoas tatuadas, muito mais do que por pessoas sem tatoos. Há até pesquisas que apontam que gays e bissexuais fazem mais tatuagens que os héteros.
Uma pessoa com tatuagens indica ter mais autoestima e segurança na tomada de decisões. É visto como alguém aberto e de personalidade marcante. Definem ainda os homens com tatuagem como dominantes, agressivos e “masculinos”, características relacionadas à testosterona.
Tatuagens e piercings vêm de longe na história do homem
Piercing e tatuagem existem desde quase o início dos tempos e têm sido usados por diferentes culturas e tribos ao redor do mundo. Os maias já usavam piercing nos lábios, orelhas e nariz para mostrar seu status; no Império Romano, os centuriões usavam anéis de mamilo para mostrar sua coragem e virilidade, os reis egípcios perfuravam seus umbigos como sinal de distinção e os polinésios não apenas se tatuavam como sinal de riqueza, mas também como sinal de força e poder.
Portanto, seja por questões estéticas, seja por questões culturais ou religiosas, tanto os piercings quanto as tatuagens acompanham o ser humano há milhares de anos .
Onde dói mais fazer tatuagem?
Os lugares mais dolorosos têm sempre pele muito fina e com pouca gordura e são cheios de terminações nervosas ou estão próximos a ossos.
Dor muito forte: peito dos pés, testa, costelas, quadril, estômago, parte interna dos joelhos, axilas, parte de dentro do cotovelo, mamilos, lábios, virilha e genitais.
Dor moderada: pescoço e bíceps
Dor leve: pulsos, coxas, tornozelos e panturrilhas
Dor muito leve: ombros e antebraços
Estigmatofilia: sentir atração sexual por tatuagens e piercings
Hoje em dia é incomum uma pessoa não ter piercing ou tatuagem. É um mercado que cresce a todo vapor. Para alguns, tatuar e usar piercings é um estilo de vida, tem quem faz por achar que é moda, quem acha bonito, quem quer marcar um momento da sua vida, outros tatuam algo simbólico como o nome de uma criança, familiar ou de um amor, mas há também quem já parta para o lado sexual do poder das tintas.
Piercings e tatuagens podem excitar alguns indivíduos
Há três décadas, os pesquisadores tentam encontrar respostas para se apaixonar e se atrair, já que esse fenômeno diz respeito a todos nós. Existem muitas causas que definem nossos gostos quando somos atraídos por alguém. Cultura, educação ou nossas experiências passadas, entre outros fatores, influenciam nosso mapa mental que desencadeará a cascata química de atração .
Algumas pessoas serão atraídas pelo físico, outras pelo dinheiro e outras ainda pelo lazer ou experiências excitantes que a outra pessoa proporciona. Mas além de um corpo invejável ou de uma vida social muito desejável, há pessoas que se sentem atraídas por piercings e obras de arte desenhadas na pele. Recentemente, com o crescente número de pessoas que fazem tatuagens e piercings, os especialistas começaram a mostrar curiosidade sobre a estigmatofilia.
A estigmatização refere-se à empolgação que alguns indivíduos sentem em relação a piercings e tatuagens. Ou seja, eles ficam loucos por pessoas tatuadas e/ou que usam piercings. Mas a estigmatofilia não se refere precisamente ao fato de uma pessoa gostar de tatuagens e piercings em outra pessoa porque parece moderno. Não é apenas por serem legais e sexy, mas também por serem atraídas por cicatrizes e marcas na pele.
Embora possa causar rejeição social, a estigmatofilia não é considerada uma perversão ou doença mental, porque não envolve nenhum dano à outra pessoa ou modifica o seu comportamento.
O estigma é uma parafilia
Para alguns especialistas, a estigmatofilia é uma parafilia, pois não se refere apenas ao fato de a pessoa gostar de tatuagens, cicatrizes ou piercings no corpo do outro, mas esses indivíduos não sentem excitação sexual se a outra pessoa não tiver essas características. A parafilia é um comportamento sexual em que o prazer não se encontra na penetração, ou seja, na cópula, mas no ato ou coisa que acompanha esse encontro sexual.
Os estigmatizados geralmente são atraídos por tatuagens, piercings e cicatrizes em geral, embora em alguns casos também sejam atraídos por apenas uma dessas marcas ou piercings. Em alguns casos o estigmatofílico é atraído pela dor que essas marcas ou perfurações causaram, em outros casos pela história por trás delas.
Fetichismo e estigmatofilia
Outros especialistas classificam a estigmatofilia como um tipo de fetichismo (que é um tipo de parafilia). No mundo do sexo e do prazer, os fetiches estão na ordem do dia e consistem em excitação erótica ou atingir o orgasmo por meio de objetos fetichistas ou partes do corpo que provocam excitação. Por exemplo: pés, peitos, mãos, etc.
No caso dos piercings, a excitação sexual é mais comum em pessoas com menos de 40 anos, e as áreas corporais preferidas são a língua, os lábios, os mamilos e as áreas genitais, por estarem localizadas em partes da interação sexual.
Fonte: Virtual Pysich Center / AskMen